Tem beleza no tabuleiro vazio, na mesa sem ganhadores ou perdedores, na mesa sem jogadores.
Às vezes, é necessário parar de jogar mesmo ganhando a última partida. Às vezes, é necessário voltar a jogar mesmo perdendo a última partida. E, às vezes, tudo que a gente precisa é trocar o jogo. E só. Trocar peças, pinos e regras.
Talvez a melhor jogada não se trate nem de ter a melhor estratégia, talvez seja aquela que a gente joga os dados sem medo do que pode cair, se avançaremos casas, se manteremos mais um tempo na mesma, se precisaremos voltar algumas, ou simplesmente, aquela jogada que a gente só guarda o dado no bolso e escolhe quando queremos lançá-los, porque escolher não jogar faz parte do jogo também. Assim como definir novas regras e, até quem sabe, cortar algumas. No final de tudo o melhor mesmo é entender que nem todo jogo precisa de alguém do outro lado do tabuleiro, é bom saber jogar sozinha. É necessário saber jogar sozinha antes de querer jogar com alguém.